sexta-feira, 22 de maio de 2015

“Construção de um edifício adequado à recepção de imigrantes, em condições de
comportar o movimento anual de 50.000 indivíduos; e organização de um serviço de
informações, locação e venda de terras que habilite o colono recém-chegado a
colocar-se convenientemente segundo a sua aptidão, e no menor prazo;
Hospedagem até 8 dias;
Transporte gratuito da Corte para as províncias e daí para as localidades onde os
imigrantes houverem de ser colocados.”.  (SARAIVA, 1882, p. 208).

Esse trecho faz parte do “Relatório apresentado à Assembleia Geral na primeira sessão da décima oitava legislatura pelo Ministro e Secretário de Estado interino dos Negócios da Agricultura, Commercio e Obras Públicas” por José Antonio Saraiva e está presente em um artigo dos professores Luís Reznik e Rui Aniceto[1], ambos da UERJ e coordenadores do Projeto Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores. O artigo, bem como o projeto tenta recuperar a história da Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, localizada no município de São Gonçalo, e que foi o primeiro aparelho deste gênero criado pelo governo Imperial. O seu funcionamento ocorreu entre os anos de 1883 e 1966. No entanto, o foco de nosso Blog são os vinte anos iniciais de seu funcionamento. Abaixo temos uma imagem da vista da Hospedaria.


Fonte: FERREIRA, Felix. A província do Rio de Janeiro. Noticias para o emigrante. Rio de Janeiro: Imprensa a vapor H. Lombaerts & Comp., 1888. p. 23.


[1] REZNIK, Luís; FERNANDES, Rui Aniceto Nascimento. Hospedarias de Imigrantes nas Américas: a criação da hospedaria da Ilha das Flores. História (São Paulo) v.33, n.1, p. 234-253, jan./jun. 2014.