“Construção de um edifício adequado à recepção de
imigrantes, em condições de
comportar o movimento anual de 50.000 indivíduos; e
organização de um serviço de
informações, locação e venda de terras que habilite o colono
recém-chegado a
colocar-se convenientemente segundo a sua aptidão, e no
menor prazo;
Hospedagem até 8 dias;
Transporte gratuito da Corte para as províncias e daí para
as localidades onde os
imigrantes houverem de ser colocados.”. (SARAIVA, 1882, p. 208).
Esse trecho faz parte do “Relatório apresentado
à Assembleia Geral na primeira sessão da décima oitava legislatura pelo
Ministro e Secretário de Estado interino dos Negócios da Agricultura, Commercio
e Obras Públicas” por José Antonio Saraiva e está presente em um artigo dos
professores Luís Reznik e Rui Aniceto[1],
ambos da UERJ e coordenadores do Projeto Centro de Memória da Imigração da Ilha
das Flores. O artigo, bem como o projeto tenta recuperar a história da
Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, localizada no município de São
Gonçalo, e que foi o primeiro aparelho deste gênero criado pelo governo
Imperial. O seu funcionamento ocorreu entre os anos de 1883 e 1966. No entanto,
o foco de nosso Blog são os vinte anos iniciais de seu funcionamento. Abaixo
temos uma imagem da vista da Hospedaria.
Fonte: FERREIRA, Felix. A província do Rio de Janeiro.
Noticias para o emigrante. Rio de Janeiro: Imprensa a vapor H. Lombaerts &
Comp., 1888. p. 23.
[1] REZNIK,
Luís; FERNANDES, Rui Aniceto Nascimento. Hospedarias de Imigrantes nas
Américas: a criação da hospedaria da Ilha das Flores. História (São Paulo)
v.33, n.1, p. 234-253, jan./jun. 2014.